Talvez

6 de março de 2014 |
Hoje tive um daqueles pesadelos terríveis de novo, sabe? Bem, não sei se você se lembra. Acontece que ainda não perdi o hábito de assistir a filmes de terror por pura curiosidade. Aí fico nessa luta interna depois. A diferença é que agora tenho que me virar sozinha, mesmo com medo. O que você não sabe é que você se foi, mas meu refúgio continua sendo nossa história. Me tranquei no escuro do meu quarto e me agarrei às nossas lembranças. Você nunca soube, mas elas sempre me confortaram. Em dias frios, nebulosos, de sol, de chuva, qualquer dia. Você não está me abraçando para me acalmar, mas ainda assim, está comigo.
Quando me pego mexendo em feridas já cicatrizadas, me bate aquela saudade. Aí penso em te ligar, correr atrás, morrer de amor e todas aquelas bobagens sentimentais em que você está cansado de se ver. Será que se cansou mesmo? Talvez haja um fio de esperança. Talvez ainda haja um “nós” perdido no canto dessa nossa solidão a dois. Talvez você ainda seja tão meu, que nem saiba mais como percorrer seus caminhos solitários. Talvez você ainda pense em mim, talvez você ainda sinta o mesmo que eu. Talvez.
A dúvida corrompe nossas certezas no meio de uma noite de carência qualquer, entende? Eu sei que nós somos desfeitos um para o outro. Nosso conto de fadas começa com uma catástrofe e termina em tragédia. Nossa comédia romântica é drástica. Nosso amor é daqueles que corroem as veias, o corpo, o coração e a mente. Nosso final feliz termina com sorrisos sarcásticos que, de tanto serem forçados, se parecem mais com um daqueles rangidos desagradáveis.
Eu continuo a mesma cabeça dura e difícil de lidar de sempre. E você, nessa noite, ainda que mimado e extremamente egocêntrico, se parece perfeitamente com o perfil de cara que idealizei a minha vida toda. Acontece que minhas vontades e sentimentos bipolares sempre me traem. Então, ao invés de pegar o telefone e te ligar, visto meu pijama e dou risada da nossa história, sabendo que amanhã tudo passa. Ou vai passar. Daqui um dia, uma semana, um ano. Talvez você resolva desaparecer da minha vida de vez e me liberte dessa ânsia de te ter. Talvez eu te solte para que você voe o mais alto possível, e assim, eu deixe de te enxergar. Talvez eu pare de pensar nos “talvez” que de tanto supor, cria monstros quase indestrutíveis em minha imaginação fértil demais para você. Talvez você se desprenda de mim ou me amarre de vez a você. Talvez eu pare de esperar que você faça aquilo que eu nunca fiz por nós.
Talvez eu desista de você um dia, mas por enquanto, me deixa curtir você até essa melancolia passar. Talvez não passe nunca, mas e daí? Eu errada aqui, você inconsequente aí, mas em minha mente, nós continuamos perfeitos um para o outro. E isso é tudo. Ou pelo menos tudo o que importa nessa noite.
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Texto por Raiane Ribeiro, conheça o blog dela.

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