72 hrs

12 de março de 2014 |
Nunca é fácil terminar um relacionamento. Ainda mais quando a mudança não parte da gente. Parte a gente. Falo daquele pé na bunda indesejado, inesperado, de um ciclo encerrado abruptamente e de forma unilateral. Situação terrível, choque de fantasia, distorção da realidade. Vontade de não mais existir. Mas existem flores brotando no deserto sentimental que vivemos no momento da fossa. Basta querer enxergar.
É difícil ter consciência quando o chão se abre sob nossos pés, quando a dor no peito desatina e a razão não faz mais sentido. Complicado ter que buscar uma força que desaparece, lidar com a sequência daqueles minutos de angústia. Mesmo assim, é preciso um último suspiro, um fôlego de sobrevida, um apoio fraterno dos amigos pra tirar a gente de casa, daquele estado moribundo. Temos que nos abraçar em algo ou alguém, nem que seja no travesseiro como hospedeiro das lágrimas, ou nas canções que sempre nos entendem – eternas companheiras da solidão.
Passada essa fase mais crítica, que dura 72 horas, o mundo aos poucos começa a se colorir novamente. A dor não foi embora. Está ali. De certa forma, aprendemos a lidar com ela. Entendemos que não vamos esquecer, então o melhor é não lembrar. Nem sempre temos sucesso na empreitada, mas aos poucos vamos substituindo as lembranças por novos momentos. Queremos rir, mas a gargalhada, quando sai, é nervosa, abafada, logo sufocada pela culpa. Parece que não temos o direito de sorrir novamente. O jeito é insistir, continuar sorrindo até o gesto se tornar natural. Quando isso acontecer, é sinal de que uma nova vida começou.
Prepare-se para a sua melhor fase. O espelho fará as pazes com você e isso vai ajudar na sua autoestima. A cada dia que se inicia, um novo elogio. O caminhar terá passos de confiança, o cabelo jogado pro lado criará uma onda de admiradores, secretos ou revelados e os feromônios estarão em ebulição. Você pode até não estar em caça, mas definitivamente voltou à selva. E pode muito bem escolher sua presa.
Quando a mulher ultrapassa aquele estágio de desilusão, tudo estará diferente. Melhor inclusive do que antes da última relação. Restará a experiência, as lições dos erros cometidos, a certeza de que ela se entregou por inteira – porque não existe mulher que se doe pela metade. Ninguém gosta da rejeição, do desprezo, ou do abandono de quem confiamos nosso mais puro sentimento, porém se houver o discernimento de superar essa fase, a mulher irá descobrir que pode renascer ainda mais viva, ainda mais forte.
Dói, mas passa. E quando passa, tudo será melhor. Basta esperar as primeiras 72 horas.
72 HORAS
Por Chico Garcia, conheça o blog dele!

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